The Last of Us 2 aposta em emoção com Kaitlyn Dever como Abby

The Last of Us 2 aposta em emoção com Kaitlyn Dever como Abby

Kaitlyn Dever assume desafio de viver Abby em The Last of Us 2

Foi só sair o anúncio: Kaitlyn Dever viveria Abby em The Last of Us 2 e a internet já estava pegando fogo. Os fãs do game não pegaram leve, reclamando que a atriz não tem o físico musculoso da personagem original, conhecida pelo porte atlético que virou marca registrada no videogame. Mas, logo de cara, Kaitlyn tratou de jogar luz no que realmente importa para ela: emoções e conflitos internos, não músculos.

Na nova temporada da série da HBO, a abordagem é bem diferente do que a galera estava esperando. Enquanto parte do público se apegava ao visual, a atriz e os produtores decidiram centrar a trama nas vulnerabilidades, traumas e na raiva de Abby. Dever fez questão de explicar que sua versão não é uma cópia literal, mas uma leitura mais profunda da dor que a personagem carrega após os eventos chocantes envolvendo Joel, o protagonista da primeira temporada.

Bastidores e nova visão para Abby

Os showrunners Craig Mazin e Neil Druckmann, nomes de peso no universo das adaptações, saíram em defesa da escolha de Kaitlyn. Druckmann, um dos criadores do jogo original, ressaltou que a série vai além do estereótipo da personagem fortona. "Queremos contar uma história sobre o que está por dentro, não só o que aparece no espelho", explicou. O público vai conhecer mais da líder Firefly, cheia de camadas, bem antes dela se tornar aquela figura marcada pela força física no game.

Craig Mazin também acredita que a atuação de Dever dá espaço para explorar a formação emocional de Abby. O roteiro aprofunda a relação dela com seu grupo e evidencia toda a pressão e responsabilidade que a personagem acumula nas costas, inclusive no grupo dos Fireflies após a traição de Joel. Nada aqui é preto no branco. A ideia é mostrar Abby como uma jovem tomada pela dor e fome de vingança, mas também atravessada por dúvidas, lealdade e fragilidades tanto pessoais quanto nas lideranças do grupo.

Para quem esperava apenas ação física, a nova abordagem propõe algo mais arriscado — e interessante. A história em The Last of Us 2 agora caminha por terrenos mais dramáticos, convidando o espectador a repensar antigos inimigos e colocar na balança suas próprias percepções de certo e errado. Quem assistiu a primeira temporada já sabe: ali não tem espaço pra maniqueísmo. Abby vem com tudo, só que de um jeito que ninguém viu nos consoles.