Copa do Brasil 2026: lista atualizada de classificados e como ficam as vagas diretas

Copa do Brasil 2026: lista atualizada de classificados e como ficam as vagas diretas

Copa do Brasil 2026: formato, calendário de classificação e quem já está dentro

Noventa e duas vagas, do Oiapoque ao Chuí, e uma regra que muda o jogo: 12 clubes entram só na terceira fase. A CBF confirmou o desenho da Copa do Brasil 2026 e, enquanto os estaduais avançam, mais de 70 times já garantiram lugar no mata-mata mais democrático do país.

Funciona assim: 80 vagas saem dos campeonatos estaduais, considerando desempenho e o Ranking da CBF. Outras 12 são carimbadas direto para a terceira fase. Elas ficam com os campeões da Copa do Nordeste e da Copa Verde, o campeão da Série B e todos os brasileiros que estiverem na Libertadores de 2026. Se um desses times já tiver vaga pelos estaduais, a reposição acontece dentro do próprio estadual: a vaga “sobrando” vai para o clube seguinte da mesma competição estadual, de acordo com a classificação final.

Na prática, isso dá fôlego ao calendário de quem disputa a temporada cheia e abre portas para surpresas regionais. Federações mais bem colocadas no ranking distribuem mais lugares, e isso explica por que alguns estados emplacam cinco clubes, enquanto outros têm uma ou duas vagas. É um desenho que equilibra meritocracia local e o peso do cenário nacional.

A linha do tempo desta classificação começou cedo. Em 9 de fevereiro de 2025, o Cruzeiro foi o primeiro a carimbar presença. Dias depois, em 11 de fevereiro, vieram Grêmio, Juventude e Internacional. Em 12 de fevereiro, foi a vez de Atlético-MG, América-MG e Tombense. No fim do mês, Santa Cruz, ASA e Confiança ampliaram a lista. O movimento é contínuo: conforme as finais e semifinais dos estaduais terminam, a CBF consolida os classificados e atualiza o quadro.

Entre os clubes da Série A de 2025, 17 dos 20 já estão garantidos na edição de 2026: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Ceará, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Juventude, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória. É um retrato do peso das camisas tradicionais, mas também do recorte do calendário: ir bem no estadual e manter ranking alto acelera o caminho.

Vale reforçar: os 12 “atrasadinhos” que só entram na terceira fase não são poucos. Além de Nordestão, Verde e Série B, os brasileiros na Libertadores ocupam a maior parte dessas vagas. Quem cai no torneio continental costuma ser realocado na Copa do Brasil a partir dessa terceira etapa, o que aumenta o nível do chaveamento e mexe com a vida de quem vem desde a primeira fase. Caso um campeão regional ou estadual também esteja na lista dos que entram na terceira fase, entra em cena a regra de reposição no estadual, garantindo que o estado não perca lugar.

A CBF ainda vai detalhar datas e o sorteio, mas a rotina é conhecida: o chaveamento costuma levar em conta ranking, pote e mando definido por sorteio nas primeiras etapas. As viagens longas, os estádios cheios no interior e as cotas por fase mantêm a Copa do Brasil como a grande oportunidade de receita e visibilidade para clubes fora do eixo. Para quem briga por taça, é vitrine e acesso direto à Libertadores do ano seguinte. Para quem precisa de calendário, é sobrevivência.

Times já garantidos por estado (lista em atualização)

Times já garantidos por estado (lista em atualização)

Abaixo, a relação divulgada até agora, organizada por estado. Alguns campeonatos ainda estão em andamento, então a lista segue crescendo conforme as federações encerram seus torneios.

  • Acre: Independência, Galvez
  • Alagoas: ASA de Arapiraca, CRB, CSA
  • Amapá: Oratório
  • Pará: Paysandu (vaga direta na 3ª fase como campeão da Copa Verde 2024)
  • Pernambuco: Retrô (vice-campeão), Santa Cruz (3º lugar), Sport (campeão)
  • Piauí: Fluminense-PI (vice-campeão), Piauí (campeão)
  • Rio de Janeiro: Flamengo (campeão), Fluminense (vice-campeão), Sampaio Corrêa (campeão da Taça Rio), Vasco (semifinalista), Volta Redonda (semifinalista)
  • Rio Grande do Norte: ABC (vice-campeão), América-RN (campeão)
  • Rio Grande do Sul: Caxias (semifinalista), Grêmio (vice-campeão), Internacional (campeão), Juventude (semifinalista), Ypiranga (campeão da Taça Farroupilha)
  • Rondônia: Guaporé (vice-campeão), Gazin Porto Velho (campeão)
  • Roraima: GAS (campeão), Monte Roraima (vice-campeão)
  • Santa Catarina: Avaí (campeão), Chapecoense (vice-campeão)
  • Sergipe: Confiança (campeão), Itabaiana (vice-campeão)
  • São Paulo: Corinthians (campeão), Palmeiras (vice-campeão), Santos (semifinalista), São Bernardo (5º lugar), São Paulo (semifinalista)
  • Tocantins: Araguaína (campeão), União (vice-campeão)

Além dos estados listados, outros clubes já confirmaram presença pelo avanço dos seus estaduais, casos de Atlético-MG, América-MG e Tombense, o que reforça como o mapa de classificados se expande semana a semana.

Quer saber por que às vezes um quinto colocado, como o São Bernardo, aparece na lista? É a combinação de vagas que cada federação tem direito (definidas pelo Ranking Nacional de Federações) com o desempenho no estadual. Se um time que já teria vaga por ranking também conquista o título ou o vice, abre-se espaço para o seguinte na tabela. É o mesmo raciocínio por trás da tal “reposição” quando um clube acumula vaga direta da terceira fase e vaga via estadual.

O caso do Paysandu é outro ponto importante: como campeão da Copa Verde de 2024, o Papão está garantido diretamente na terceira fase. Isso muda o desenho do seu estado, porque a vaga “estadual” que poderia ser do clube é redistribuída, mantendo o número de representantes do Pará via estadual.

Para os torcedores que olham mais à frente: ainda faltam algumas definições grandes. O campeão da Série B 2025 é um desses pontos-chave. Os classificados para a Libertadores 2026 também entram nessa equação e vão compor as 12 vagas que pulam as duas primeiras fases. Quando isso estiver fechado, a CBF ajusta eventuais reposições nos estaduais e confirma a grade final de 92 participantes.

O impacto esportivo é claro. As primeiras fases reúnem confrontos entre clubes de divisões diferentes, campo pesado e muita pressão local, enquanto a terceira fase tende a elevar a régua técnica com a chegada de times de ponta. Esse choque de realidade é marca registrada do torneio e explica por que surpresas acontecem com frequência — e por que gigantes tratam cada viagem como decisão.

Histórico pesa? Pesa. O Cruzeiro é o maior campeão, com seis títulos desde 1989. Flamengo e Grêmio vêm logo atrás, com cinco troféus cada. Esse passado recente ajuda a entender por que esses times estão entre os primeiros a garantir vaga, seja por campanha nos estaduais, seja por ranking — e por que a terceira fase costuma ter cara de campeonato à parte.

O próximo passo é simples: terminar os estaduais, fechar a lista dos 92 e definir o sorteio. Até lá, o mapa dos classificados segue em atualização constante. Para quem já se garantiu, começa a contagem regressiva. Para quem ainda briga por vaga, cada rodada do estadual vale ouro.

O que ainda falta definir antes do quadro final? Três pontos principais:

  • Campeões e vices de estaduais que ainda não acabaram, além de terceiros e semifinalistas em federações com mais vagas.
  • O campeão da Série B de 2025, que entra direto na terceira fase.
  • Os brasileiros classificados para a Libertadores 2026, que completam o grupo dos 12 com entrada tardia.

Quando tudo isso estiver sacramentado, a CBF faz os ajustes de reposição e bate o martelo na relação final de participantes. Até lá, a movimentação segue intensa nos estaduais, e cada resultado pode mudar o mapa da Copa do Brasil do ano que vem.