Dois participantes já entraram com uma missão secreta e, pelo visto, para bagunçar as alianças desde o primeiro dia. É assim que começa a nova temporada de A Fazenda 17, que estreou na segunda-feira, 15 de setembro de 2025, com 26 peões disputando R$ 2 milhões sob o comando de Adriane Galisteu. Além do prêmio gordo, tem um jogo paralelo correndo por baixo do radar: os infiltrados Carol Lekker e Matheus Martins estão dentro do elenco, mas com tarefas silenciosas que podem virar votações, amizades e estratégias de cabeça para baixo.
O jogo por dentro: infiltrados, regras e dinâmicas
O truque dos infiltrados muda o clima do confinamento. Enquanto os outros 24 jogadores acreditam que todos estão em pé de igualdade, dois deles receberam missões específicas. Nada de robozinho: a ideia é provocar ruídos, plantar dúvidas e apertar botões sensíveis do grupo. Em um reality de convivência, um olhar torto pode virar treta; uma fofoca, uma votação; uma mentira bem colocada, um paredão rural que elimina favorito.
O formato continua com as marcas da Fazenda: rotina com animais, tarefas puxadas e provas que decidem poder e liderança. A Roça segue como a grande peneira da semana. A diferença está no tempero estratégico. Se os infiltrados influenciarem votos ou testarem lealdades, alianças podem rachar antes mesmo de se formar. É o tipo de artimanha que obriga todo mundo a pensar duas vezes antes de combinar voto no quarto ou cochichar na cozinha.
Logo nos primeiros episódios, o choque de personalidades já deu as caras. Rayane Figliuzzi, conhecida nos bastidores do entretenimento e parceira do cantor Belo, mostrou que fala o que pensa. Do outro lado, nomes com trajetória de reality, como Nizam Hayek, entram com leitura de jogo mais afiada. É o encontro entre quem conhece a pressão das câmeras e quem aposta no carisma para ganhar público.
O elenco entrega variedade e conflito por natureza. Tem atriz internacional com fã-clube fiel, humorista com faro para causar, influenciador que vive de engajamento, atleta com foco em prova e gente da TV que domina palco e bastidor. Esse caldo sempre rende: a busca por protagonismo roda junto com o medo de queimar a imagem. Com infiltrados circulando, o risco de errar a mão aumenta.
No digital, a aposta cresceu. Com câmeras 24 horas pelo RecordPlus, o público acompanha o que não cabe no episódio editado. É no ao vivo que nascem os detalhes que definem jogo: quem acorda antes para garantir tarefa, quem protege quem, quem tenta reconciliação longe das luzes principais. O engajamento estourou logo na estreia, com trending topics e recortes circulando nas redes. Para quem gosta de analisar movimento, essa é a temporada para pausar e rever cenas.
O prêmio de R$ 2 milhões pesa. Não é só sobre fama ou curtida. É dinheiro que muda rumo de carreira. Em jogo assim, coragem e paciência valem tanto quanto força física. Apressar voto pode queimar caminho; demorar demais pode fechar porta. E, pela regra não escrita dos realities, quem erra na primeira semana pode não ter chance de melhorar a imagem.

Quem são os 26 peões desta edição
O casting mistura diferentes mundos do entretenimento, esporte e internet. Entre os principais nomes:
- Gaby Spanic – atriz venezuelana, famosa por A Usurpadora
- Nizam Hayek – ex-participante de reality
- Rayane Figliuzzi – modelo e personalidade do entretenimento
- Toninho Tornado – ator e comediante
- Duda Wendling – atriz
- Martina Sanzi – influenciadora, ex-De Férias com o Ex
- Luiz Otávio Mesquita – atleta
- Will Guimarães – modelo e DJ
- Dudu Camargo – apresentador
- Gui Boury – ator de teledramaturgia
- Fernando Sampaio – ator
- Yoná Sousa – atriz
- Tamires Assis – influenciadora
- Creo Kellab – personalidade digital
- Maria Carolina Caporusso – empresária
- Saodry Cardoso – influenciadora
- Fabiano Moraes – cantor e compositor
- Gabily – cantora
- Kathy Maravilha – criadora de conteúdo
- Renata Muller – modelo
- Shia Phoenix – artista
- Michelle Barros – jornalista e apresentadora
- Walério Araújo – estilista
- Wallas Arrais – cantor
E os dois infiltrados que entram com missão especial dentro do jogo:
- Carol Lekker – infiltrada
- Matheus Martins – infiltrado
Esse conjunto cria blocos naturais. Influenciadores costumam fechar rápido pela afinidade com câmera e rede social. Artistas veteranos, muitas vezes, preferem jogo mais silencioso, de conversa de canto e observação. Humorista vira foco em prova de convivência: ao mesmo tempo em que anima, pode irritar. Atleta tende a dominar desafio físico, mas precisa driblar a perseguição por ser ameaça. E ex-reality, como Nizam, pode virar oráculo do jogo – o que também atrai voto por medo.
Na prática, os primeiros dias definem dois mapas: o de quem trabalha junto nas tarefas do dia a dia e o de quem combina voto. Eles nem sempre batem. Gente que rende bem no curral pode não fechar com o mesmo grupo na hora do envelope da votação. A entrada de missões secretas pode ainda criar falsas crises para testar fidelidade. Se a casa cair em pilha falsa, quem segura a onda com discurso claro tende a crescer com o público.
Gaby Spanic carrega um tipo raro de capital: novela clássica, público internacional e memória afetiva. Isso vale voto? Só se vier junto com entrega no confinamento. Carisma sem jogo fica curto. Já quem chega com aura de polêmica precisa aprender a baixar o volume em hora estratégica. Reality é maratona, não sprint – e esse clichê é real quando a rotina pesa.
A rotina da sede continua sendo um personagem. Acordar cedo para cuidar dos animais, cumprir tarefa sob pressão de tempo, lidar com punição quando alguém erra regra. Nessa edição, cada deslize ganha leitura dupla: foi distração ou foi parte de missão de infiltrado? O benefício da dúvida vai durar pouco. Quando saírem as primeiras indicações para a Roça, todo mundo vai querer justificar voto com narrativa fechada. Quem não souber contar bem sua versão vira alvo fácil.
No lado de fora, o público mantém a caneta. A resposta nas redes já mostrou apetite por treta com propósito – não basta gritar. A audiência aponta o dedo para contradição, cobra coerência em jogo e premia quem assume risco com estratégia. Com câmera aberta 24 horas e cortes circulando em segundos, a edição da TV e a novela do ao vivo vão andar juntas. Quem esquecer que cada cochicho pode ir parar na timeline acorda indicado.
Os próximos passos devem girar em torno de quatro pontos: a descoberta – ou não – dos infiltrados; a primeira grande aliança declarada; a prova que define liderança e dá poder real de fogo; e a estreia de um perfil improvável como favorito do público. Quando os segredos cruzarem a votação da semana, o reality muda de patamar. E é aí que a temporada promete entregar o que vendeu na chamada: jogo tenso, decisões difíceis e reviravoltas que vão mexer com a fazenda e com a sala de casa.